Acordei às 6:30 sobressaltado com o despertador. Um
zumbido ensurdecedor não me deixou dormir a partir daí. Acabei por ver televisão.
A minha avó comeu e vestiu-se e só no fim de estar
preparada me chamou. Ia tomar o pequeno-almoço “Nestum”.
Comi e arranjei-me e lá partimos nós para a nossa grande
manhã. Saímos de casa às 8 em ponto.
Fomos por um atalho para chegarmos lá mais depressa
mas tivemos de esperar 10 minutos. Às 8:23 já estávamos dentro do comboio.
O senhor que andava a ver os bilhetes, como a viagem
era pequena (de Taveiro a Coimbra-B), não nos obrigou a pagar.
Agradecemos e saímos. Fomos para o próximo comboio…
A viagem nunca mais acabava, parou em tantos sítios!
Finalmente chegámos e comecei a olhar para o mapa. A
minha avó ia comendo uma das maravilhosas sandes de panado.
Andámos, andámos até que perguntámos a uma senhora
onde era o museu da cidade de Aveiro e ela disse-nos que tínhamos de voltar
para trás. Sentimo-nos muito cansados de repente.
A perguntarmos a umas 5 pessoas, mas lá chegámos ao
museu. Ainda estava fechado. Entretanto fomos à igreja ao lado que era
património nacional.
Quando voltámos o museu estava aberto. Pedimos para
entrar mas disseram-nos que o museu estava em remodelação. Ainda vimos muita
coisa, mas estava tudo no chão e tivemos de fazer “ginástica” para não pisar
nada.
A senhora desse museu (museu da cidade de Aveiro)
aconselhou-nos a ir ao museu de Aveiro.
Só depois percebi que o museu que nós queríamos visitar
de princípio era o museu de Aveiro e não o museu da cidade de Aveiro; mas eu
não tenho culpa, os nomes eram parecidos!
Lá visitámos o tal museu de Aveiro e esse tinha de se
pagar mas era mesmo muito grande e só nos custou 2€ porque eu não pagava. No
fim percebemos que valia muito a pena; até nos deram um “telemóvel” em que nós
metíamos um número que estava numa placa e ouvíamos o que era esse sítio.
Ainda fomos a um parque da cidade, mas tivemos de
perguntar a umas 10 pessoas.
Para regressarmos à estação é que foi difícil.
Entre perguntarmos a um surdo que perdemos muito tempo
com ele, a um estrangeiro que pensou, pensou e acabou por dizer que não sabia,
a uma russa que nos guiou mal, a uma florista que nos disse um caminho comprido
e enfim, quando demos conta já estávamos outra vez no museu. Comecámos a entrar
em pânico. Faltavam 24 minutos!
Perguntámos a um arrumador de carros, a um homem de
negócios, a um bêbado, a um senhor que só nos disse uma expressão que não
gostei: “Sempre em frente ao nariz e depois vê-se ao longe uma coisa branca,
que deve ser a estação.” E a mais umas tantas pessoas.
Conseguimos, por milagre, chegar 10 minutos antes do
comboio. Aproveitámos para comer e descansar. De repente oiço uma voz dos
altifalantes: “ O comboio para Coimbra-B vai partir”.
Aí eu não pensei em mais nada senão a correr para
tocar no botão para abrir a porta e empatar tempo suficiente para a avó arrumar
as coisas e vir.
Aí sim finalmente descansámos. Para cá ainda fui à
casa de banho, coisa que gostei muito porque tive de passar de uma carruagem
para a outra e tive de carregar nos botões para abrir e fechar a porta da casa
de banho.
Finalmente em Taveiro. Ainda tivemos de escolher entre
ir pelo atalho onde podiam aparecer cobras ou pelo caminho mais comprido.
Decidi ir pelo atalho. Apesar de não saber se adiantava alguma coisa, disse
para a minha avó falar alto comigo, que as cobras podiam assustar-se. E a minha
avó concordou.
Chegámos a casa sem nenhuma cobra, e sem nenhum animal
a não ser um pastor-alemão da minha professora.
E
assim foi mais um dia (uma manhã e umas “horitas” de tarde) bem passado!!!
Grande passeata, muita cumplicidade e um orgulho!
ResponderEliminarIntergeracionalidade no seu máximo :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPerdigoto da Urbieira
ResponderEliminarCom que então visitaste a nossa Veneza com a tua boa Avó. Espero que tenhas visto os Muliceiros, apreciado a sua beleza como nau e as belas pinturas na sua proa.
Julgo que tenhas agradecido à Avó com um grande beijo e peco-te que o repitas em meu nome.
Um grande abraço
Ti Álvaro
Olá Puto!!
ResponderEliminarMas que bela e confusa passeata, hem?! Bom, moral da história... entre surdos, bêbados e estrangeiros está provado que alguém há-de escapar, eh, eh, eh...
Parabéns pela vontade que sempre demonstraste em estar na companhia da Avó Isilda! Obrigada :)
Beijinhos
Madrinha
Obrigado por todos os comentários! Beijinhos e abraços...
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